O alívio que a presença daqueles que amo me proporciona é maior do que o mais potente remédio. Lembro-me, que quando criança, os ferimentos causados por tombos eram aliviados pela presença da minha mãe. Ela me pegava no colo e dizia “Pulou, pulou... já vai sarar”, assoprava a ferida, e a cura começava a acontecer... O alívio não chegava pelo fato da dor desaparecer, mas sim por sentir que havia uma vida que soprava na minha. E não era qualquer vida, era a vida que me deu e dá vida! Nos dias de hoje saber que tenho pessoas que refrescam minhas dores e ajudam a sarar meus machucados, me faz ousado e seguro. Pessoas-calmantes, pessoas-cicatrizantes, pessoas-antídotos, elas são o que são porque agem assim em mim.
Rodolfo Goulart
Também me sinto assim Rodolfo, cada dor, cada machucado, até mesmo aqueles interiores, são curados com um abraço, com a presença de alguém especial, com o importar do outro. "Pessoas-calmantes, pessoas-cicatrizantes, pessoas-antídotos" elas são isso sem nem saber.
ResponderExcluirLembro-me de uma vez em que fiquei doente de cama e meu pai de meia em meia hora ia saber como eu estava. É de um valor inestimável sentir que alguém se preocupa com o nosso bem.
Lembro até que melhorei por causa de todo o amor que ele me deu nesses dias. Ele não sabe demonstrar afeto, e por isso, todo o amor dele se transformou em cuidado, preocupação e gentileza. Mais do que remédios, o amor cura não é mesmo?
Lembro até de uma situação engraçada que ocorreu nesse dia.
Ele perguntou:
- Sandinha, vou ao mercado, quer que o papai compre algo?
Eu respondi:
- Sim. Me compra um carro? - E ambos caimos na gargalhada.
Acho que meu pai é a minha pessoa-remédio.
Adoro te ler, moço. A simplicidade que te encanta é muito admirável. Parabéns!
"O alívio não chegava pelo fato da dor desaparecer, mas sim por sentir que HAVIA UMA VIDA QUE SOPRAVA NA MINHA."
ResponderExcluirIsso é maravilhoso!
Abraço,
Talita.