sábado, 1 de dezembro de 2012

Com os olhos da alma

Quando cursava o primário, a professora pediu para fazermos uma redação a partir de uma figura, que mostrava uma senhora cega segurando uma caixa colorida nas mãos, e sorrindo. Titulei minha dissertação como: "Mãos que enxergam". Neste texto eu dizia que a beleza de sentir vale mais do que a de ver. Acredito que as cores foram sentidas nas mãos daquela senhora, e que a beleza era ainda maior, porque quando se toca com sentimento, a alma amplia. Com essa recordação penso:  se com as mãos consigo alcançar o que os olhos não podem, conseguirei perceber cores na escuridão com os olhos voltados para dentro.

Rodolfo Goulart

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